sexta-feira, 31 de outubro de 2008

As Críticas Atrasadas do Carteia.

A todos os leitores deste blogue, o meu pedido de desculpas pelo atraso na publicação das críticas do jornal Carteia. As próximas virão mais cedo, prometo.


Título: Destruir Depois de Ler (Burn After Reading)

Ano: 2008

Realização: Joel & Ethan Coen

Elenco: Brad Pitt, George Clooney, John Malkovich, J.K. Simmons, Tilda Swinton, Richard Jenkins, Frances McDormand, David Rasche e Olek Krupa.

Género: Comédia, Crime

País: E.U.A., Reino Unido e França

Produção: Joel & Ethan Coen, Eric Fellner e Tim Bevan

Argumento: Joel & Ethan Coen

Música: Carter Burwell

Fotografia: Emmanuel Lubezki

Montagem: Roderick Jaynes (pseudónimo de Joel & Ethan Coen)

Sinopse/Crítica: Há quem diga que os Manos Coen não servem muito bem a comédia, que a comédia não é o género que lhes assenta melhor. Diria até o contrário. Os Coen têm a sua própria concepção da comédia, sob um ponto de vista satírico para com a realidade americana que tão bem conhecem.

Quando um CD com as memórias de um ex-agente da CIA é encontrado num ginásio pelos seus funcionários, estamos longe de imaginar que aquele dispositivo, ao servir de moeda de troca para um pagamento de uma cirurgia estética, originará uma série de equívocos e consequências imprevisíveis e violentas.

Para quem conhece os filmes desta dupla, certamente saberá que há sempre algo, alguma coisa ou algum objecto, que catalisa a acção narrativa, no caso concreto, o CD com a suposta informação classificada. Mas há mais. A música de Carter Burwell, colaborador musical habitual dos Coen, é muito bem encaixada e oferece grandes momentos de tensão e suspense. Depois o elenco. Com as presenças habituais de Clonney e McDormand, juntam-se Pitt, Swinton e Malkovich, formando um grupo conhecido do grande público, com personagens estereotipadas, que caem frequentemente no ridículo, devido às suas próprias paranóias, originando situações cómicas. Menção honrosa para Brad Pitt, que se apresenta como um parvo bastante divertido.

As temáticas apresentadas giram á volta de relações interpessoais condenadas ao fracasso, devido à infidelidade e à desonestidade entre as pessoas, e a desorganização que existe dentro das instituições americanas relacionadas com a segurança, onde nem os próprios agentes da CIA sabem com resolver as situações ocorridas.

O que se pode exigir aos Coen, depois de no ano transacto terem ganho Óscares pelo seu grande Este País Não é Para Velhos? Nada. Que nos continuem a fazer rir e sorrir. Porque em altura de crise, é o que mais precisamos.

Classificação: **** - Muito bom

Curiosidades sobre o filme:

Este é o primeiro filme dos Irmãos Coen sem o director de fotografia Roger Deakins, desde História de Gangsters (1990).

Este foi o filme de abertura da edição deste ano do Festival de Veneza.

Segundo os Irmãos Coen, o argumento de Destruir Depois de Ler foi escrito ao mesmo tempo do argumento para Este País Não é Para Velhos (2007), sempre em dias alternados.


Título: Em Nome da Amizade

Ano: 2007

Realização: Mike Binder

Elenco: Adam Sandler, Don Cheadle, Jada Pinkett Smith, Liv Tyler, Saffron Burrows, Donald Sutherland e Mike Binder

Género: Drama

País: E.U.A.

Produção: Jack Binder e Michael Rotenberg

Argumento: Mike Binder

Música: Rolfe Kent

Fotografia: Russ T. Alsobrook

Montagem: Steve Edwards e Jeremy Roush

Sinopse/Crítica: Perder as pessoas que mais amamos na vida é a coisa mais terrível que nos pode acontecer. A dor é inimaginável e ultrapassá-la é extremamente difícil. Uma realidade mudada de um dia para outro parece inconcebível. Nestas alturas a presença da amizade é a melhor das curas. A amizade é o sentimento mais honesto que une os corações das pessoas.

Na cidade de Nova Iorque, dois antigos companheiros de faculdade, Alan Johnson (Don Cheadle) e Charlie Fineman (Adam Sandler) reencontram-se. Alan vive numa rotina entre o trabalho e a família e Charlie vai vivendo como pode no seu próprio mundo, desde que perdeu a mulher e as filhas no atentado de 11 de Setembro de 2001. A reactivação desta amizade vai ajudar estes dois homens a ultrapassar os problemas que os apoquentam. Perdidos algures nas suas vidas, juntos vão conseguir a pouco e pouco, dia a dia, recuperar o prazer de viver e ultrapassar os seus próprios problemas.

Mike Binder, o realizador mostra-nos uma cidade de Nova Iorque ainda a recuperar das mazelas sofridas em 2001, tornando-a numa verdadeira personagem, cheia de emoções, como muitos outros realizadores já o fizeram, nomeadamente Woody Allen e Spike Lee. Emoção que transparece nas personagens, principalmente a de Adam Sandler, extremamente sofrida e alheada da realidade. Aliás, Sandler mostra aqui que é muito mais do que um comediante. Um registo dramático muito bom. O realizador mostra ainda os mais altos valores da amizade. Apesar de formarem uma dupla inesperada e improvável, Cheadle e Sandler comovem o espectador com a química e a amizade que une as suas personagens.

Este é um filme sobre a amizade entre pessoas, que nos toca verdadeiramente e acaba tal como começa: ao ritmo da vida de cada um, a cada dia que passa.

Classificação: **** - Muito bom

Curiosidades sobre o filme:

Brad Pitt foi considerado para o papel de Charlie Fineman.

Javier Bardem esteve prestes a entrar no filme para o papel que viria a ser de Don Cheadle. Tudo por razões de agenda.


Legenda:

*- Mau

** - A ver

*** - Bom

**** - Muito bom

***** - A não perder

(Textos publicados na edição de 16 de Outubro de 2008 do jornal Carteia.)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

9ª Festa do Cinema Francês.

Ao contrário das outras edições anteriores, ontem consegui finalmente ir à inauguração da 9ª Festa do Cinema Francês, na minha cidade. Foi interessante ver o Teatro Municipal de Faro completamente cheio. Também não era para menos, com bilhetes de borla. Depois, ir ver o filme inaugural, A Turma (2008), de Laurent Cantet, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, era uma boa razão para eu sair de casa e aprofundar mais o meu leque de filmes vistos nas últimas semanas. De facto, o filme é muito bom e destaca um assunto importante: a escola e o que se passa dentro das suas paredes. Aconselho vivamente a ver, pois o filme estará no circuito comercial, com estreia marcada para hoje, dia 30 de Outubro. Estiveram, também, dois actores do elenco do filme nesta inauguração, que é sempre agradável e importante. Apenas um ponto negativo na festa de ontem. Os cinemas onde trabalho, SBC Internacional Cinemas, no Forúm Algarve, que estão associados a este festival, (que têm-no estado nas passadas edições), não enviaram nenhum representante oficial, ou se o fizeram (aqui as minhas sinceras desculpas), eu não o vi. Isto denota o interesse daquela exibidora por um evento que merece todo o nosso apoio para continuar a crescer e a nos mostrar bons filmes.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sugestão Cinéfila da Semana, para Ver em Casa (1):

Obrigado por Fumar (2005), de Jason Reitman.
Uma comédia muito incisiva sobre o poder da palavra.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

30 anos Depois.

Ontem fiz a boa acção do dia. Depois de várias semanas a tentar convencer a minha mãe a ir ver o filme Mamma Mia!, finalmente consegui. E foi maravilhoso. 30 anos depois da sua última ida ao cinema, com o meu pai, para ver o musical Febre de Sábado à Noite (1977), foi simplesmente espectacular vê-la a divertir-se a cantalorar baixinho as músicas dos ABBA à sua maneira. Uma tarde divertidíssima, como não tinha há muito.
Hoje fiz a minha mãe muito feliz com um pequeno gesto. Um gesto para repetir as vezes que forem precisas, com filmes do seu agrado. Um conselho: sejam felizes e façam as vossas mães felizes!

sábado, 11 de outubro de 2008

Menu do Dia (2).

Hoje temos trabalho e mais trabalho. Aturar pessoas no meu trabalho num conhecido centro comercial local. Acabar as minhas críticas e sugestões cinematográficas para 2ª feira. Ando um pouco preguiçoso a escrever as minhas críticas. Por vezes apetece-me ler e escrever sobre outras coisas. Tenho de me tornar mais disciplinado para cumprir este meu desejo. Ou então não. Dormir é das melhores coisas do mundo.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sugestão Cinéfila da Semana (6):

Destruir Depois de Ler (2008) de Joel & Ethan Coen.
Mais uma maravilhosa comédia negra tirada de dentro das cabecinhas destes irmãos de Minneapolis, Minnesota.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

10 anos Depois.

Hoje andei a remexer nas minhas coisas antigas. Objectos que guardo que fazem lembrar-me de algo ou de alguém. Cartas, postais, postais de aniversário e de Natal, etc. Voltei a olhar para eles com alguma atenção e li alguns. É engraçado ver que muitas coisas mudaram e que outras nem tanto, tais como a caligrafia.
Oiço dizer frequentemente que não é bom voltar a olhar o passado, que o que interessa é o presente, que temos de olhar em frente. Há pessoas que não são saudosistas. Não é que o seja. Apenas gosto de revisitar a memória que se encontra nestes objectos. Gosto da nostalgia e acho que não há problema algum nisso. Se tenho saudades do passado? Só das coisas boas, como é obvio. Mas essas coisas aconteceram no momento certo, foram vividas com toda a intensidade, das quais só restam as suas memórias. Penso que a memória é importante. Revisitar o passado não é mau. Serve para aprendermos. Com essa aprendizagem seremos melhores pessoas.
Isto tudo a propósito do acontecimento do sábado passado, dia 4 de Outubro de 2008. Foi promovido um encontro dos antigos colegas do curso de Eng. Agronómica, do ano lectivo de 1998/99, precisamente 10 anos depois. Foi bom ver algumas das pessoas que já não via há imenso tempo, já que outras, por estarem mais perto de mim fisicamente, o contacto é feito com alguma frequência. Algumas não as via há mais de 8 anos. Foi bom saber que todos estão bem na sua vida profissional e pessoal. Uns acabaram o curso de Eng. Agronómica. Outros, tal como eu, mudaram de curso e seguiram outros caminhos. Foi pena apenas não puderem ter aparecidos todos, mas os que puderam vir foi bom revê-los.
Estes encontros são bons porque são estas as amizades que ficam para a vida. Devemos preservá-las o melhor que pudermos, nunca perdendo o contacto.
Tal como a caligrafia, há coisas que não mudam.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Cinema é no Carteia.

Todas as quinzenas, o jornal Carteia apresenta as suas sugestões de cinema, para ver nas salas e no conforto da sua casa. Por mim.


Título: Tempestade Tropical (Tropic Thunder)

Ano: 2008

Realização: Ben Stiller

Elenco: Ben Stiller, Jack Black, Robert Downey Jr., Nick Nolte, Brandon T. Jackson, Steve Coogan, Danny McBride, Bill Hader, Jay Baruchel, Brandon Soo Hoo, Matthew McConaughey e Tom Cruise.

Género: Comédia, Acção e Guerra

País: E.U.A. e Alemanha

Produção: Stuart Cornfeld, Eric McLeod, Ben Stiller e Justin Theroux

Argumento: Ben Stiller, Justin Theroux e Etan Cohen, com história de Ben Stiller e Justin Theroux

Música: Theodore Shapiro

Fotografia: John Toll

Montagem: Greg Hayden

Sinopse/Crítica: São poucos os filmes feitos dentro da indústria de Hollywood e dos seus grandes estúdios que ousam criticar os seus pares, de forma tão directa e contundente, com tudo o que isso tem de bom de mau, satirizando as situações ao expoente máximo. Este é um deles.

Tugg Speedman (Ben Stiller), Jeff Portnoy (Jack Black) e Kirk Lazarus (Robert Downey Jr.) são as grandes estrelas do momento. Os três são contratados para protagonizarem o maior e mais caro filme de Guerra sobre o Vietname. Mas nem tudo são rosas. O realizador estreante Damien Cockburn (Steve Coogan) não consegue controlar as suas estrelas, o que provoca atraso nas filmagens e custos elevados ao estúdio, levando o produtor Les Grossman (Tom Cruise) a cancelar o projecto. Mas o realizador não cede. Determinado a acabar o filme, leva os actores para a selva, onde serão filmados por câmaras ocultas. Porém, o filme que eles pensam estar a fazer, depressa deixa de ser um filme e aí é que as coisas se complicam.

Depois de Zoolander (2001), o seu último trabalho com realizador, Ben Stiller regressa como autor, onde aborda as grandes questões inerentes a uma grande produção fílmica, dando uma visão crítica muito interessante sobre a indústria cinematográfica. A importância do dinheiro dos grandes estúdios continua a ditar as regras na realização das obras. Os critérios de selecção da Academia americana na entrega dos seus prémios, os famosos Óscares, continuam a suscitar dúvidas. Uma visão satirizada das instituições, que nos dá uma ideia de como tudo funciona, ainda que ligeira. O realizador consegue aqui juntar um bom material cómico a um excelente elenco de actores, todos eles conhecidos do grande público, onde se destaca claramente Robert Downey Jr. (a provar que já deixou a má vida) e onde vemos Tom Cruise como nunca o vimos antes.

Existem outros aspectos interessantes nesta película. A referência aos grande filmes de guerra do passado, em especial, aqueles que abordam a guerra do Vietname, com apropriação justificada das suas cenas mais emblemáticas. Os dois exemplos mais óbvios são Apocalypse Now (1979) e Platoon (1986), embora haja cenas tiradas de outros, como O Resgate do Soldado Ryan (1998) ou A Ponte sobre o Rio Kwai (1957). A selecção musical é muito boa, pois consegue juntar um número de canções excelentes dos finais dos anos 60, princípios de 70, altura em que o conflito no Vietname se intensificou, tal como os protestos contra o mesmo. Sympathy for the Devil dos Rolling Stones, The Pusher dos Steppenwolf, For What it's Worth de Buffalo Springfield, Ball of Confusion (That's What the World Is Today) dos The Temptations e Run Through the Jungle dos Creedence Clearwater Revival, são algumas das “pérolas”.

Resumindo e baralhando, Tempestade Tropical é um entretenimento garantido, que faz reviver aos maiores cinéfilos, os grandes clássicos de guerra que a indústria já produziu, com destaque para os filmes sobre o Vietname, uma guerra difícil de esquecer para os norte-americanos e que marcou mediaticamente o século XX.

Classificação: **** - Muito bom

Curiosidades sobre o filme: A ideia de fazer este filme ocorrera a Ben Stiller durante a rodagem do filme O Império do Sol (1987), de Steven Spielberg, onde o actor desempenhara um pequeno papel.




Título: As Asas do Desejo (Der Himmel über Berlin)

Ano: 1987

Realização: Wim Wenders

Elenco: Bruno Ganz, Solveig Dommartin, Otto Sander, Curt Bois e Peter Falk

Género: Drama e Fantasia

País: República Federal da Alemanha, França

Produção: Anatole Dauman, Ingrid Windisch e Wim Wenders

Argumento: Peter Handke, Richard Reitinger e WimWenders

Música: Jürgen Knieper

Fotografia: Henri Alekan

Montagem: Peter Przygodda

Sinopse/Crítica: Berlim, 1987. O Muro continua a dividir a cidade e as memórias da guerra continuam a fazê-la tremer. Anjos vagueiam pelos seus céus. Observando e escutando, como se pudessem ler os seus pensamentos, eles confortam e acarinham as pessoas, mesmo sendo incapazes de ter qualquer interacção física com elas. Ao apaixonar-se por uma trapezista dum circo em decadência, um dos anjos, Damiel (Bruno Ganz), deseja tornar-se mortal e experimentar todas as sensações humanas.

Este é o ponto de viragem deste drama fantástico do alemão Wim Wenders, que mostra-nos uma Berlim nos seus últimos anos de Guerra Fria, cansada, desgastada, nostálgica. Uma nostalgia de paz, relembrada pelo personagem do velho, que procura num descampado, aquilo que outrora fora a praça Potsdamer, onde ele costumava beber o seu café e fumar o seu charuto. Memórias dum espaço que desapareceu com a guerra.

Wenders explora (e muito bem) visualmente todos os recantos da cidade e das suas pessoas, através do ponto de vista dos anjos. É aqui que se encontra a característica visual principal do filme. O contraste do ponto de vista dos anjos, num tom monocromático sépia, mudando para a cor, quando se passa para o ponto de vista humano. Um jogo cromático interessante para justiçar a falta de sensações humanas por parte dos anjos.

Um outro aspecto interessante é quando o anjo Damiel se torna finalmente humano, a sua passagem para o mundo terreno é feita dentro do Muro de Berlim, como se o Muro funcionasse como purgatório, mas ao contrário, do Céu para a Terra.

Peter Falk, que faz dele próprio no filme, está em Berlim para participar num filme sobre o Nazismo em Berlim. É ele que assiste Damiel na transição para a vida terrena, dizendo-lhe que já fora um anjo e que renunciara a imortalidade para poder experienciar os simples prazeres da vida na Terra, como fumar um cigarro ou beber um café acabado de fazer.

Der Himmel über Berlin, não é mais do que uma celebração ao desejo, à esperança, ao amor, à vida, à liberdade, à realidade e a existência, numa cidade que muito sofreu com a falta destes atributos num passado recente.

Classificação: ***** - A não perder

Curiosidades sobre o filme: Este filme, tal como muito outros, sofreu um remake americano, intitulado A Cidade dos Anjos (1998), com Nicolas Cage e Meg Ryan.


Legenda:

*- Mau

** - A ver

*** - Bom

**** - Muito bom

***** - A não perder

(Textos publicados na edição de 08 de Outubro de 2008 do jornal Carteia.)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O 1º Post de Outubro e do Verdadeiro Outono.

Nada melhor do que começar o Outono com uma boa notícia. Depois de uma paragem de um ano, eis o regresso da revista que já fazia falta: Premiere, a revista portuguesa sobre cinema de volta ao mercado.
Não se esqueçam também das revistas online, Take Cinema Magazine e a Red Carpet, duas revistas de cinema igualmente interessantes, que merecem uma vista de olhos.